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O aprendizado que veio de fora — e transformou o que estava dentro
Educação Executiva
21 de novembro de 2025
5 min de leitura

O aprendizado que veio de fora — e transformou o que estava dentro

A primeira viagem internacional a gente nunca esquece — não só pelos lugares, mas pelo que muda aqui dentro. Foram duas semanas em Lisboa, participando do curso de Inovação e Liderança em Gestão de Projetos. Fui com a mala cheia de expectativas e uma interrogação na cabeça: “Como será isso tudo?”

Everton Vascouto - Embaixador Laiob

Everton Vascouto - Embaixador Laiob

Alumni Laiob - Inovação e Liderança na Gestão de Projetos no ISCTE Executive Education

A primeira viagem internacional a gente nunca esquece — não só pelos lugares, mas pelo que muda aqui dentro. Foram duas semanas em Lisboa, participando do curso de Inovação e Liderança em Gestão de Projetos. Fui com a mala cheia de expectativas e uma interrogação na cabeça: “Como será isso tudo?” Nunca sonhei em morar fora, mas sempre tive curiosidade de ver o mundo além das fronteiras do nosso Brasil. E Portugal tinha algo especial: um espelho cultural, uma chance de olhar para nossas raízes, para a origem da língua, dos hábitos, da nossa própria história. O que eu não esperava era sair de lá com três aprendizados que mudaram meu jeito de ver o mundo — e de me ver nele. 1. Não somos menores — somos diferentes (e isso é bom) Existe uma fantasia nacional de que “lá fora é sempre melhor”. É o tal do complexo de vira-lata, que insiste em nos fazer acreditar que somos segunda divisão no jogo global. Mas, ao conviver com os portugueses e viver como um local por duas semanas, percebi que não é bem assim. Claro, há coisas que funcionam melhor por lá. Mas, em muitos aspectos, estamos à frente. O metrô de São Paulo, por exemplo, dá um banho de organização e eficiência. O ponto é: não somos cópias malfeitas do que é feito fora — temos nosso próprio valor, nossa potência. Esse aprendizado virou um lembrete constante: como brasileiros, somos agentes de transformação. Temos voz, ideias, competência. Não estamos na plateia da história — estamos no palco. 2. Ser simpático com todo mundo tem um preço (e nem sempre compensa) Sabe aquele papo de que europeu é frio? Então, rótulo ultrapassado. O que vi por lá foi outro tipo de inteligência social: eles dosam melhor a energia. Educados com todos, calorosos com poucos — os mais próximos. Aqui no Brasil, parece que a gente precisa ser sol do mundo inteiro. Sorrir para o motorista, o caixa, o vizinho do 12º e ainda manter a chama acesa em casa. Só que essa conta não fecha. A bateria social se esgota — e quem paga é quem mais importa. Aprendi que não é sobre ser simpático com todos, mas sobre preservar energia para cultivar relações que realmente importam. 3. A fronteira mais importante é a mental A maior descoberta dessa jornada? Eu me percebi como um cidadão do mundo. Antes disso, mesmo morando numa cidade cosmopolita, eu nunca tinha sentido isso de verdade. Lisboa me abriu essa lente. De repente, o mundo não era mais um “lá fora” distante. Era parte de mim. A gente precisa parar de pensar pequeno. Nosso lugar não é só no bairro, no estado, no país. É no planeta. Somos parte de algo maior — e isso nos dá possibilidades incríveis. Basta deixar o passaporte da mente carimbar novas ideias. Voltei com mais do que boas fotos e histórias de viagem. Voltei com uma nova perspectiva. E se você tiver a chance, não viaje apenas para conhecer um novo lugar. Viaje para reconhecer a si mesmo — em outras culturas, em outras lógicas, em outros mundos que, no fundo, também são seus.
#Experiência Internacional#Desenvolvimento Pessoal#Liderança#Cultura

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