Inteligência Artificial: uma revolução global que vai muito além do que você imagina

Não dá mais para dizer que a inteligência artificial (IA) é coisa do futuro. Ela já faz parte do nosso dia-a-dia e é uma das protagonistas quando pensamos nas transformações que acontecerão na nossa sociedade. Mas você sabia que a história da IA começou antes mesmo da criação da internet? Em 1943, o neurofisiologista Warren McCulloch e o matemático Walter Pitts conceberam a ideia de redes neurais artificiais, através da criação de um modelo computacional. Já em outubro de 1950, Alan Turing publicou na revista Mind o artigo "Computing Machinery and Intelligence", no qual ele abordou a possibilidade de máquinas poderem apresentar comportamento inteligente indistinguível ao de um ser humano. Foi assim que surgiu o Teste de Turing, em que humanos avaliam se uma máquina é capaz de simular a inteligência humana. Turing é considerado por muitos como o "pai da inteligência artificial". Mas, curiosamente, o termo IA foi cunhado apenas em 1956 (portanto, após a morte de Turing), por John McCarthy, na Conferência de Dartmouth. Este marco histórico criou as bases da IA como uma disciplina acadêmica. Desde então, o tema foi evoluindo e se beneficiou pela criação das big techs e desenvolvimento da internet, após a Guerra Fria. Em 2022, tivemos a criação do Chat GPT pela Open AI, marcando a democratização do uso da IA generativa, capaz de criar novos conteúdos com base em dados já existentes. Nos últimos anos, testemunhamos a rápida evolução e popularização de milhares de IAs, capazes de produzirem textos, imagens, apresentações e vídeos com uma qualidade impressionável. O uso de modelos de linguagem ampla (large language models) possibilita que pessoas leigas possam usar tais ferramentas sem a necessidade de conhecimento prévio de linguagens de programação, tornando-os acessíveis ao grande público. Assim, estamos vivendo uma grande revolução tecnológica, que impacta na forma como nos comunicamos, aprendemos e trabalhamos. Além disso, tem um impacto direto nos recursos naturais globais, visto que demanda minerais de terras raras para construção de componentes e grandes quantidades de água para resfriamento de data centers. E claro, gera uma grande quantidade de lixo eletrônico. Será que estamos maduros, como sociedade global, para encarar isso sem destruir nosso planeta? “A sociedade global ainda não está totalmente madura para encarar o impacto da IA sem riscos ambientais significativos, pois o ritmo de desenvolvimento da tecnologia muitas vezes supera o ritmo da regulamentação e da adoção de práticas sustentáveis.” – essa foi a resposta do Gemini. E você, concorda com isso? Concordando ou não, a certeza que tenho é que será necessária uma grande colaboração mundial de governos e empresas em prol dos nossos avanços e existência como sociedade humana. E como o Brasil se posiciona nesse cenário? Devido aos seus recursos naturais e matriz energética, o Brasil tem um potencial imenso para ser líder em IA verde. No entanto, para de fato obtermos esse destaque, precisamos acelerar nossa governança em relação ao tema e atuar de maneira estrutural para diminuição de desigualdades sociais e digitais. Por fim, é por isso que eu acredito que a IA está gerando revoluções que nem você, eu ou o Elon Musk imaginamos, visto que há muitas variáveis e possibilidades (com efeitos positivos e negativos) nessa rápida jornada de transformação. Então, o que podemos fazer hoje? Sugiro que, em primeiro lugar, devemos controlar a ansiedade e focar no presente. Comece pequeno, transformando a si mesmo e àqueles que estão próximos. Estude, aja de maneira ética e responsável e assim você já estará colaborando para um mundo melhor.