Quais empresas e como estão inovando o mercado agritech?

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Uma previsão recente sobre a demanda de alimentos que deve dobrar até 2050 continua gerando muitas discussões e mais preocupação ainda ao redor do mundo. Mas, apesar de tudo isso, essa perspectiva impulsionou também algo bom e totalmente focado em inovação: o surgimento de novas tecnologias que são desenvolvidas para aumentar a produtividade agrícola atual.

As startups que são conhecidas como agritechs oferecem aos agricultores novas ferramentas de gerenciamento e sistemas de diagnóstico com funções direcionadas para garantir um produto final de qualidade. Com essa proposta tão necessária atualmente, o mercado agritech chama a atenção de investidores porque não para de inovar. Tratam-se de diversas áreas do agronegócio beneficiadas por soluções, que contemplam desde o pequeno até o grande produtor.

E algumas empresas em especial estão cada vez mais firme nesse setor. Quer conhecer algumas startups que impulsionam a produção agrícola com espantosa intensidade no momento? Então, acompanhe a lista deste artigo e veja o que elas fazem para merecer esse reconhecimento.

Strider

A startup mineira Strider é um grande destaque dentro do mercado agritech. Sediada em Belo Horizonte, é responsável por desenvolver um software que acompanha a rotina das fazendas e automatiza o manejo integrado de pragas. Além disso, também contribui para uma melhor tomada de decisões no que diz respeito à aplicação de defensivos.

O principal objetivo da Strider é orientar produtores de todo o mundo com foco em uma produção maior por hectare, com menos consumo de insumos e mais modernidade nas fazendas. Tudo, é claro, de fácil acessibilidade e entendimento, uma vez que o dia a dia no campo precisar ser bastante dinâmico e com excelente aproveitamento.

Vital Fields

Fundada em 2011 na Estônia, a Vital Fields já arrecadou cerca de 1 milhão e meio de dólares em apenas um mês quando seu software para controle de campos foi lançado. O sistema monitora as previsões meteorológicas, rastreia as fases das colheitas e estima a ameaça de doenças de plantas, para que a produção seja mais saudável e tenha uma rentabilidade mais satisfatória.

Para completar, a plataforma analisa dados do “livro de campo” eletrônico do agricultor e ajuda a fazer prognósticos sobre campos, ajudando os usuários a acompanhar os custos e finalmente cultivar as plantações com mais eficiência. A solução já ganha adeptos em todo o mundo e a empresa se destaca hoje como uma das maiores do mercado agritech na Europa.

Azotic Technologies

A Azotic Technologies está em ascensão no mercado agritech no Reino Unido. Em atividade desde 2012, ela foi recentemente premiada com o Rushlight Award por apresentar inovações voltadas para tecnologia limpa. A empresa desenvolveu uma nova tecnologia para fixação de nitrogênio (N-fix) baseada em uma bactéria de grau alimentício, chamada Gluconacetobacter diazotrophicus.

Este método permite que as culturas fixem o nitrogênio diretamente do ar e é considerado menos prejudicial para o meio ambiente em comparação com a maioria dos fertilizantes nitrogenados. Aqui, temos um excelente exemplo de como uma agritech pode trabalhar com total direcionamento para a sustentabilidade, uma das propostas da “revolução verde”, que engloba também a atuação das foodtechs.

Gamaya

A suíça Gamaya é a startup mais jovem desta lista, e uma das mais jovens no mercado agritech. Sua proposta é um sistema de monitoramento de culturas que usa sensores ópticos ultracompactos. A tecnologia que desenvolveu é baseada em imagens hiperespectrais (HSI), que permitem a seus clientes diagnosticar doenças nas plantações.

A partir desse diagnóstico, o sistema ajuda a definir a quantidade necessária de produtos químicos para a proteção das culturas. Dessa forma, não há qualquer desperdício, tanto de química quanto de alimento, além de que toda a quantidade determinada respeita totalmente o meio ambiente e também deixam os alimentos apropriados para consumo e contato humano.

ECF Farmsystems

A startup alemã ECF Farmsystems se estruturou em 2012 e tem uma solução realmente diferenciada. Ela constrói fazendas aquapônicas para ambientes urbanos. Sua tecnologia engloba um tipo especial de aquecimento, irrigação e controle central por computador que permite aos agricultores cultivar peixes e cultivar vegetais.

Seu desenvolvimento foi tão completo que em 2015 a empresa administra seu próprio mercado de agricultores na cidade de Berlim. A tendência é que ele se expanda ainda para regiões próximas, primeiramente dentro da Alemanha, e depois para países vizinhos. Nesse ritmo, é provável que ainda no próximo ano a ECF lide com essas mudanças.

Ynsect

Insetos e pequenas pragas são comuns no campo, seja qual for a espécie cultivada. Mas como usá-los de forma benéfica, inclusive fora do setor do agronegócio? Justamente pensando nisso foi que a Ynsect, localizada na França, decidiu criar produtos de bio-refinaria de insetos para agroindústrias, algo antes nunca visto no mercado agritech.

Ela extrai proteínas de besouros e moscas que podem ser usadas para a produção de nutrição animal ou mesmo para uso humano. No final do ano passado, a Ynsect levantou 5,5 milhões de libras e ganhou investidores poderosos como a New Protein Capital, a Emertec Gestion e a Demeter Partners.

Agrivi

A gestão do campo é de extrema importância para bons resultados e obtenção de lucro. Afinal, uma plantação também é um negócio. Baseada nesse conceito, a Agrivi oferece desde 2013 um software de gerenciamento agrícola que reúne ainda algumas funções de cunho administrativo.

O sistema da agritech incorpora as informações sobre campos, os funcionários, equipamentos, documentação, previsões do tempo e outros dados específicos para negócios agrícolas. Em 2014, a Agrivi venceu o World Startup Competition. E, recentemente, levantou 165.000 de dólares de investidores anjos se firmando de vez no mercado agritech.

Sem dúvidas, o mercado agritech se mostra cada vez mais promissor. Como prova disso, ele hoje se encontra na frente de outros setores importantes de startups, como as fintechs, voltadas para o mercado financeiro. Agora, os agricultores de todos os lugares do mundo estão mais preparados para produzir mais e ganhar mais, sem prejudicar a natureza e com o propósito importante de alimentar a população.

E então, gostou de saber um pouco mais sobre as agritechs de renome internacional? Se sim, aproveite para curtir nossa página no Facebook para acompanhar outros conteúdos como este, além de ficar por dentro das novidades do LAIOB.