Conheça a escola de programação mais incrível do mundo
Se você tem vontade de estudar fora, é apaixonado por informática, tecnologia e comunicação ainda por cima tem boa aptidão para programação de computadores, precisa saber um pouco mais sobre a Escola 42. Para começar, seu diferencial já está logo no nome, que faz referência à resposta sobre qual é o sentido da vida, definida pelo escritor Douglas Adams na obra O Guia do Mochileiro das Galáxias.
Achou interessante? Então saiba que essa instituição de ensino tem muito mais para mostrar. Seu método de aprendizado é singular: não há professores, nem aquisição de conhecimento. Os certificados e nomenclaturas acadêmicas não importam nesse ambiente. Não é à toa que a escola é também chamada de “a universidade do futuro”. Fundada em Paris, hoje tem filiais em países que vão de ponta a ponta no mundo, da Romênia à África do Sul. E, como não podia ser diferente, se estabeleceu também no Vale do Silício.
Em visita à Escola 42, durante a Silicon Valley Experience – Sicoob/Evoa/Acim, o CEO do LAIOB André Fauri, ressalta a importância desse modelo de inovação: “A escola do futuro já existe. Ela foi criada em Paris e hoje, está revolucionando o Vale do Silício através da meritocracia e dando oportunidade e acesso a cada vez mais pessoas.”
Quer saber mais sobre essa incrível proposta e o que pode ser vivenciado por lá? Leia o post e embarque nesse mundo totalmente inovador e repleto de desafios.
O que é exatamente a Escola 42?
A Escola 42 é a primeira instituição de ensino non-profit, sem fins lucrativos e através de doações, voltada exclusivamente para a área de Tecnologia da Informação (TI). Contudo, ela é gratuita, aberta para qualquer pessoa que queira ingressar nessa área e que tenha completado pelo menos 18 anos de idade. Seu método é conhecido como “peer-to-peer learning”: os estudantes exploram as capacidades, habilidades e sua criatividade por meio da realização de projetos colaborativos.
A técnica permite que o conhecimento seja transmitido através dos próprios alunos. Diversas situações recorrentes no atual mercado de trabalho são abordadas, para que novas soluções sejam criadas. Desta forma, a inovação se desenvolve nessa troca entre estudantes e melhora a capacidade de improviso de cada um, sem que a coerência e a qualidade sejam colocadas de lado nos trabalhos.
Os cursos são self-paced (aprendizagem autogerida e individualizada) e normalmente têm a duração de dois a cinco anos. Mas na unidade do Silicon Valley há também uma versão power (star-fleet) de um ano. Cada estudante precisa cumprir determinado número de desafios de acordo com em que escolheu se aperfeiçoar. Com total autonomia para decidir qual será a resolução proposta ao problema, os alunos realizam projetos individuais e em grupo. Ainda que professores não estejam presentes, os vários estudantes estão espalhados para prestar auxílio e orientação.
Como funciona a rotina dessa instituição?
Todos os desafios da Escola 42 podem ser acessados diretamente em uma intranet. Cada aluno tem a sua senha de acesso para conferir o que lhe foi proposto. Para cumprir as tarefas, eles precisam correr atrás da pesquisa de material. A internet é a fonte básica para procurar por vídeos, programas, tutoriais e outras referências. Ao contrário de outras universidades que exigem apenas uma média para que o aluno prossiga no curso, essa escola é mais exigente.
Todos os projetos devem ser apresentados com 100% de acerto. Afinal, se aquela solução for realmente colocada em prática estando apenas parcialmente correta, é quase certeza de que será um fracasso. Para dar aos estudantes todo o respaldo necessário para que haja esse ritmo de estudos tão intenso, a instituição funciona 24 horas por dia, 7 dias na semana.
Em média, um aluno chega a passar 100 horas por semana nas dependências da escola, quando estuda no programa star-fleet. Nos cursos mais comuns, de maior duração, a média geral é de 40 horas semanais. A instituição é muito bem equipada: além das máquinas de última geração e salas confortáveis, ainda conta com refeitório e ambientes comuns para descanso. Pode cochilar tranquilo depois de algumas horas de trabalho, pois este é um hábito comum no local.
Quem é a mente por trás desse conceito?
O empresário Xavier Niel foi quem elaborou a Escola 42 e seu conceito. Para ele, uma escola eficiente de programação só pode funcionar bem por conta da interação entre os estudantes, sem a imponente presença de um professor. É isso que os instiga a pensar, uma vez que são apenas guiados para o caminho certo, e não apresentados a ele com simplicidade.
Hoje, a instituição é considerada o coração dos códigos de Paris. Niel investiu nada menos do que 70 milhões de euros para estruturá-la, com o objetivo de mantê-la em plena atividade pelo menos ao largo dos próximos dez anos. Além disso, a escola também se sustenta com as doações de ex-alunos, o que possibilita o benefício do não pagamento de mensalidades.
Como é de amplo conhecimento, o sistema atual de educação apresenta muitas falhas. E essa nova premissa da Escola 42 chega como um sopro de ar fresco, de forma a suprir necessidades e eliminar os tropeços encontrados nos processos atuais de ensino, especialmente nas áreas de desenvolvedores e TI.
“Esse formato de ensino que incentiva o aluno a buscar soluções inovadoras para challenges desenvolvidos pela própria escola, faz com que reflitamos sobre essa maneira disruptiva de aprender que têm trazido olhares das Big Tech companies do mundo a fim de conquistar novos talentos!” – acrescenta o CEO do LAIOB André Fauri.
Como ingressar nos cursos de programação?
O candidato que deseja se aventurar na Escola 42 precisa preencher o pré-requisito de idade. Mas, ao contrário dos processos tradicionais para estudar fora, não precisa exibir diplomas, certificados ou qualquer outro comprovante de histórico acadêmico. Nesse panorama, a única exigência é de que o Ensino Médio tenha sido finalizado. A inscrição é totalmente gratuita.
Contudo, o método para admissão é muito mais complexo e difícil de vencer do que qualquer outro proposto entre universidades estrangeiras. Cerca de 850 alunos precisam passar por um processo que é denominado “piscina”. Esse termo é uma referência às qualificações dos “swim commandos” da Marinha, que precisam imergir em um grande banho.
A partir disso, será possível identificar quem está mais motivado e entusiasmado para seguir em frente e ser admitido. Em uma explicação mais simples, esses alunos passam cerca de um mês imersos na própria escola para desenvolver e decodificar programas muito complicados. Novamente, para ser aprovado, o aproveitamento deve ser de 100%. Isso reforça a proposta da instituição de que você é responsável por seu próprio ensino. Então, deve demonstrar seus esforços, se quiser chegar mais longe no processo (e dentro da instituição).
Apesar de um projeto ter que passar com 100%, as pessoas não precisam ter 100% dos projetos validados como corretos na fase da “piscina” (quando os pré-selecionados ficam um mês na instituição, sendo desafiados a resolver provas mais complexas de codificação). Na verdade, durante a piscina as pessoas falham bastante. Mesmo porque falhar é considerado uma parte importante do processo de aprendizado, e o estudante pode tentar atingir o 100% quantas vezes quiser.
É válido observar que esses alunos não ficam só por conta dos desafios da universidade. Eles também precisam realizar estágios, alguns deles obrigatórios, a fim de passar para uma nova etapa do curso e se formar com direito ao certificado específico da instituição, já que por lá diplomas não são distribuídos.
A Escola 42 tem ganhado cada vez mais estudantes e admiradores ao redor do mundo, por ser extremamente inovadora e altamente eficiente naquilo que se propõe. Quem faz intercâmbio e estuda na instituição não tem dúvidas de que se trata de uma experiência verdadeiramente transformadora para a carreira profissional de um programador.
E você, o que acha desse conceito e do método de estudos? Toparia um desafio assim? Já teve a oportunidade de pesquisar um pouco mais sobre a Escola 42? Comente, dê a sua opinião e participe aqui do blog.
Criado em 2014, o Grupo LAIOB – Latin America Institute of Business oferece programas customizados em universidades americanas e promove imersão de executivos latino-americanos nos ambientes mais inovadores do mundo. Tudo isso graças a um processo facilitado e desburocratizado onde cada cliente é atendido em suas expectativas e necessidades particulares.